Sentimentos... quem os entende?
Estava conversando com uma amiga pela internet e ela estava comentando comigo sobre um garoto que ela estava afim, porém, não está mais, ou ainda está, sei lá. Assim como essa crônica começou confusa, acredito estar assim a cabeça dessa minha amiga: confusa.
Enquanto eu lia o que ela escrevia, comecei a perceber que as pessoas querem estar no controle de tudo. Saber de tudo, contar de tudo, conversar de tudo, saber o que se está sentindo, no entanto, não percebem que é impossível.
Sei que posso estar não agradando muitas pessoas que pensam que é possível, principalmente na última parte, a de saber o que se sente. Acredito que seja impossível pois inúmeras vezes nos enganamos com os nossos sentimentos.
Já senti amor por várias meninas e que, por fazerem algumas coisas, desgostei delas num segundo. Isso era amor? Claro que não. Muitas vezes odiamos as pessoas sem nem ao menos trocar algumas palavras com elas. Bate uma antipatia na hora em que a vemos, e muitas vezes nos enganamos e é justamente, dessas pessoas que mais nos aproximamos e nos tornamos amigas.
Acredito que essa coisa de errar o que se sente é o barato do ser humano. Seria muito chato se acertássemos os nossos sentimentos. Até porque, não ficaríamos mais tristes, e necessitamos de estar tristes de vez em quando. Não seríamos mais surpreendidos com as pessoas ao nosso redor. Saberíamos exatamente quem seria aconselhável contar aquele grande segredo que temos medo até de nós mesmos saber.
Não consigo ver um mundo sem imperfeições e, mesmo que esse mundo existisse, nós não existiríamos, já que somos imperfeitos. Agora me pergunto: e se fossemos perfeitos, que mundo viveríamos? E logo respondo: num mundo chato, tedioso, sem pretensão de crescer, sem pretensão de querer sempre acertar.
Conversando com essa minha amiga, perguntei se poderia fazer uma crônica sobre o que estávamos conversando e ela aceitou, porém, me pergunto: o que seria de mim se não houvessem erros ou então imperfeição? E logo respondo: seria chato, tedioso e sem pretensão de crescer, sem pretensão de querer acertar sempre.