16 janeiro 2007

Jornalismo investigativo? Cadê?


Texto: Danilo Augustus
Foto: rabisco.com.br
Venho enfrentando um conflito dentro de mim e que se eu não decidir, meu futuro pode estar em jogo. Nos últimos dias, tenho prestado mais atenção nas aulas, seja por causa dessa escolha que tomei e preciso estudar um pouco mais e estou percebendo que os jornalistas estão perdendo uma coisa fundamental e que vem se tornando um gênero da classe, o investigativo.
Todo jornalista sabe que para se fazer uma matéria tem que ter uma boa pauta, depois, correr atrás das fontes e informações para complementarem a matéria. É nessa área que os jornalistas estão pecando. Não estão aprofundando nas suas pesquisas, fazendo com que as reportagens estejam ficando apenas superficiais.
Conversando com alguns professores, eles me alertaram para um estilo de jornalismo que está se acabando e concordo. O jornalismo investigativo. Este estilo ficou conhecido através de um jornalista e escritor chamado Truman Capote, que ficou mundialmente conhecido através do livro reportagem, A sangue frio, resultado de uma de suas investigações como jornalistas em busca de uma matéria.
Um filme que retrata não só a vida de Truman, como também do jornalismo investigativo é Capote. Mostra exatamente como o jornalista conseguia subsídios para escrever seu livro. Outro filme que recomendo para quem quer saber e ver como trabalham esses jornalistas é só procurar por Todos os homens do presidente.
Depois de ver esses filmes, continuei conversando com meus mestres e percebi que o que está acontecendo nos dias de hoje, é a pura falta de jornalismo investigativo. O que vemos é denúncias em cima de denúncias. Isso não muda em nada e já podemos ver isso claramente. Quando o povo brasileiro conseguiu que o ex-presidente Collor caísse por causa do impeachment, todos ficaram alegres.
O atual presidente/ex-candidato, teve muito mais denúncias que Collor, porém, não conseguem tirá-lo de lá. Prova disso é a eleição, que quase o levou a ser reeleito no primeiro turno. Agora, depois de escrever tudo isso me pergunto: o que aconteceria se tivesse mais jornalismo investigativo?